segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Noite agradável

Minha vida social atualmente se resume a programas infantis ou programas gastronômicos, geralmente com família, e que acabam cedo ou cedíssimo. Tenho uma babá diúrna, mas ainda não tenho um esquema armado pra noite e aí entra a boa vontade da vovó - minha mãe - que fica com o netinho, mas isso ainda é raro. Talvez porque eu também não me empenhe muito em armar um esquema para sair de casa quando na verdade o que eu quero mesmo é ficar quieta aqui - sem aborrecimentos e toda aquela conversa fiada. Tenho poucos amigos no hemisfério sul. Mas nesse final de semana que passou - finally, a breath of fresh air, fui a uma reunião informal de pessoas, a maioria das quais eu nem conhecia. Foi uma reunião dos colunistas mineiros do excelente site literário, o Digestivo Cultural. Há muito que eu não conversava com gente tão interessante e educada - em todos os sentidos. Me diverti muito. A uma certa altura da noite apareceu um violão que o Rodrigo tinha levado. Ele levou também um pandeiro e deu até uns pointers de como manusear o instrumento. Aí cada um tocou um pouco, cada um no seu estilo que variou entre samba, bossa nova, folk norte americano, jazz (anos 40) lindo, lindo que a Carla tocou. Foi muito bom mesmo. Tinha meses que eu não tocava. Nem sozinha e muito menos pra uma platéia, mesmo que pequena como foi aquela. Fico inibida de tocar porque é raro encontrar gente que goste ou até mesmo conheça as músicas do meu repertório. Mas naquela noite agradável tinha lá o Peter e a Carla, o Fantini e a Mônica, A Lelé com o Bruno, a P. F. a A.E.R. O Jorge, o G.S. e os donos do violão Rodrigo com a Cris, todos escarafunchando a minha memória pra ver se saía mais alguma e todos gostando mesmo do que eu estava tocando. Me senti muito bem ao contrário de tantas outras vezes em ocasiões parecidas onde, a presença do violão e o rumo da prosa eram o bastante pra me fazer começar a tecer meu casulo a aí amigo, esquece que não sai nem "Parabéns pra você". Naquela noite, porém saiu muita coisa boa de todos que se aventuraram a tocar. Mas, como a babá era a vovó tive que sair na hora que começou a poesia. Se toda vez que eu saísse de casa para um evento social eu tivesse a certeza de que seria uma noite como esta foi, eu acho até que me empenharia mais em armar o esquema da babá noturna...Foi uma noite agradável. Ah! Pra saber quem são A.E.R., P.F. e G.S. visite o Digestivo Cultural. Fica aí a dica.

8 comentários:

Unknown disse...

Gostaria de ido nessa noite só para ouvir músicas do Velho Cão e do último CD.
Ouço muito minha prima.
Ao vivo então.... seria um noite perfeita!!!!

Guga Schultze disse...

Todas as músicas não seriam nada sem a voz e a interpretação. O Fantini que o diga! Eu, que já ouvi mais vezes, ainda não me acostumei: é um troço lindo.
Bjos!

cleide disse...

adoraria estar nesta noite, rever amigos e ainda mais com uma cantoria destas...
bjos,

SÉRGIO FANTINI disse...

claro que no dia seguinte reouvi o cd. gosto no geral, mas soldados é muito especial: interpretação, letra, melodia, arranjo...
e o blog tá legal, esqueça o litium o divã a ponte, troque pelo post (sem E) pelo vinho pelo companheiro pelo filhinho(a) pelos amigos pelo som.
beijo, boa sorte. the new friend, fantini-todo-ouvidos

Anônimo disse...

Cláudia, tá vendo, menina? Na minha casa só entra gente fina. Todo e cada amigo meu é colhido com cuidado e cultivado com carinho. Por isso estavam todos ali tão felizes. Tão leves. E ali havia gente de todas as épocas. Rodrigo, o violeiro, é o mais antigo. São mais de 20 anos de amizade, desde o colégio. Se eu fosse você, viria a todos os encontros. São sempre daquele jeito. Os da casa da Carla são ainda mais assim. Lá tem piano. E tem mais músicos e poetas. E é tudo muito na boa, sem ser pedante, cê viu? Vou te contar um segredo: minha vida só faz sentido porque tem dessas coisas. Se não eu mesma já teria comido meu couro. Welcome.
bj
ana elisa

Carla Viana Coscarelli disse...

Lindo é você tocando e cantando!
Foi muito bom de conhecer. É uma turma da pesada, né?
bj,
Carla

Pilar Fazito disse...

Cláudia!

Ouço seu CD, mas ao vivo é ainda melhor. Como pode uma coisa dessas? O Guga tem toda razão em babar e ficar no seu pé pra você cantar mesmo. Pecado é você não compartilhar esse seu dom com a gente. As pessoas precisam te ouvir, menina. Isso faz um bem prá alma...

Até hoje eu fico cantarolando aqui as músicas que você cantou e pensando cá com os botões "paciência, Pilar... Não dá para tirar 6 em todos os dados". quem me dera uma voz dessa, quem me dera.

No mais, Tá convocada para os próximos. Agora que você já sabe que só tem gente de "catiguria" ali, tem que se juntar aos seus, uai.

E bom saber que cê tem blog. Muito bom.

Bem-vinda à tchurma.

Bjim e inté

Mônica sallum disse...

Foi muito legal mesmo aquela noite. Novos papos, novas caras e a gente sendo presenteado pela sua belíssima voz.
Beijos,
Mõnica